Trabalho das equipes que implantam o sistema de esgoto de Ingleses é reconhecido por moradores
Dependendo da extensão e das condições onde acontecem as obras de instalação de rede coletora de esgoto, a convivência entre os moradores e os operários pode durar até mais de um mês. São escavações, interrupções no trânsito, barulho – e também histórias de convivência que merecem ser valorizadas.
Esta semana, a equipe que está ampliando o Sistema de Esgotamento Sanitário Ingleses-Santinho ganhou um café da tarde oferecido pelo casal Isael da Cruz e Elisabeth de Oliveira Cruz, da rua Paulina Marques dos Santos.
Elisabeth e o marido não economizam elogios aos trabalhadores que executam a obra. “São extremamente atenciosos, educados, e se esforçam para minimizar os transtornos provocados pelas obras”, destaca a moradora. O casal conta que está muito feliz com a chegada da rede coletora de esgoto a sua rua.
“Há muito tempo esperamos por isso. Aqui na rua a obra está sendo bem rápida e que percebemos a evolução. Penso da seguinte maneira: se está sendo feita, em breve teremos tudo em funcionamento e vamos melhorar a qualidade de vida de todos que vivem aqui na região. É um benefício para toda a comunidade”, diz Elisabeth.
Agradecimento em redes sociais
No início de abril, Maria Ledi Cônsul de Almeida, moradora da servidão Flor do Campo Limpo (Sítio de Baixo), utilizou as redes sociais para agradecer à equipe que executava a instalação de rede de esgotamento sanitário em sua rua.
Na publicação, Ledi contava ser a segunda vez que o funcionário Fabriciano da Conceição dos Santos e seu colega, Cássio Marcel Kuhn, ajudaram a transportar sua mãe, que tem dificuldades de locomoção.
Segundo ela, na primeira vez, ainda em março, ambas estavam saindo de casa para almoçar em um restaurante próximo, como fazem diariamente. “A rua estava totalmente tomada pela água, e o jovem Fabriciano não teve dúvidas: veio em nossa direção e carregou minha mãe nos braços, com segurança e um enorme sorriso no rosto, enquanto outros três providenciavam um caminho sobre pedras e tábuas para que eu passasse sem molhar os pés”, conta a moradora.
Na segunda ocasião, após apresentar problemas de saúde durante e noite, a senhora precisou ser levada ao médico logo cedo, quando a rua já estava interrompida para o início das escavações. “Ela estava completamente sem forças, e eu não conseguiria levá-la até o carro, mas mais uma vez ele veio até nós, e nos braços levou-a até o carro, acomodando-a cuidadosamente no banco traseiro. Quando assisti ao ato generoso, respeitoso e humanamente nobre fiquei comovida”, diz Maria Ledi. Os serviços na Servidão Flor do Campo Limpo foram concluídos no final de abril.
Equipe Nota 10
Há 20 anos morador da Travessa Lua Nova, que faz limites com a Rodovia João Gualberto Soares e a Estrada Dário Manoel Cardoso, no Sítio de Baixo, Marcelo Vander também demonstra gratidão e reconhecimento aos funcionários contratados pela CASAN para executar a obra de esgotamento sanitário.
E não economiza elogios à equipe que trabalhou na rua em que mora, e que agora continua em operação na Dário Manoel Cardoso. Ele destaca não apenas a educação sempre presente no trato – desde o chefe da equipe até os ‘amarelinhos’, como define Marcelo, em uma referência à cor do capacete, que sinaliza a função de cada operário na obra – mas também a competência e cuidado com a execução do trabalho.
Segundo conta, tanto a equipe que trabalhou na instalação da rede coletora quanto a que veio na sequência, para recuperar pavimentação e calçadas, foi ‘nota 10’.
“A minha calçada estava quebrada e eles bateram em casa perguntando se foi devido à obra, e eu disse que não, pois era um problema anterior. Foram extremamente atenciosos, e no local onde houve um dano causado pelo trabalho deles, deixaram ainda melhor do que era antes”.
Na tarde de quarta-feira (15/05), mais uma vez Marcelo ofereceu um lanche para a equipe, que em suas palavras trabalha de forma organizada, procurando fazer o mínimo de barulho, dedica atenção às necessidades de deslocamento dos moradores e deixa a rua limpa no final do dia.
Feliz com a obra, o morador do Sítio de Baixo lembra que esta é uma infraestrutura muito esperada pelos moradores e por todos os que gostam realmente do bairro e da Ilha. “Ver nossa Ilha evoluir é tudo de bom”, comemora.
O SES Ingleses-Santinho
Viabilizado a partir de uma ação conjunta da CASAN, Governo do Estado e Prefeitura de Florianópolis, a ampliação da rede de esgotamento sanitário de Ingleses e Santinho está recebendo investimentos de R$ 84 milhões, valor financiado junto à Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA). Serão 58 km de rede instalada, cerca de 5 mil ligações domiciliares, além de estações elevatórias e uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) com capacidade para depurar 105 litros/segundo, em nível terciário (o processo mais completo).
Mesmo após a instalação da rede e dos ramais, os esgotos residenciais ainda não podem ser conectados à rede, uma vez que ela ainda não está em operação. No momento certo, quando todo o sistema estiver implantado e a ETE entrar em funcionamento, os moradores serão avisados pela CASAN de que as ligações podem, então, ser providenciadas.
O trabalhador Fabriciano da Conceição dos Santos e seu colega, Cássio Marcel Kuhn, ajudaram a transportar moradora que tem dificuldades de locomoção.
Casal Isael da Cruz e Elisabeth de Oliveira Cruz, da rua Paulina Marques dos Santos, ofereceu café para a equipe de trabalhadores
Texto e fotos: Projeto Socioambiental das Obras de Ampliação do Sistema de Esgotamento Sanitário Ingleses-Santinho / Jornalista Luciane Zuê / lucianezue@gmail.com