Rio dos Cedros: uma pequena agência exemplar

Com um cotidiano em que as reclamações por falta de água são raríssimas, e um índice de perdas de água com média de 14%, a agência de Rio dos Cedros é um dos modelos entre as unidades da CASAN.

Localizado em área cedida pela prefeitura, no Centro da cidade da Região do Médio Vale do Itajaí, o escritório da agência funciona ao lado das duas  estações de tratamento de água  ̶  uma associação avaliada como positiva pela equipe.

“Assim atendemos as demandas por telefone, as pessoas que vêm até aqui, e também  fazemos as coletas e análises de água e a retrolavagem das estações de tratamento”, explica o chefe da agência, Laertes Dalpiaz, que assim como os colegas de trabalho, nos horários em que não tem demandas do público para atender, colabora com a manutenção das instalações, conservadas com capricho.

Com uma equipe comprometida, a unidade classificada como agência de pequeno porte vem alcançando resultados importantes do Programa de Gestão de Resultados da CASAN.

Foi a primeira colocada na classificação geral do PGR em 2013 e em 2012. Também teve a primeira colocação em 2012 e em 2013 entre as agências Tipo C, que caracteriza as unidades de pequeno porte.

“Há muitos anos a Agência de Rio dos Cedros se destaca nas avaliações”, orgulha-se Laertes. O baixo índice de perdas, um dos indicadores do PGR, é resultado de um trabalho cuidadoso com as redes de abastecimento.  “Somos nós que instalamos as tubulações com todo cuidado, e a rede é bem coberta para não acontecer vazamentos”, complementa.

O acompanhamento constante dos níveis dos reservatórios é outro cuidado que ajuda a manter esse percentual. “Se a reserva fica abaixo do que deveria estar é porque temos algum vazamento que precisa ser consertado”, explica o gerente.

A qualidade do serviço também ganha com captação em um manancial de água límpida, o riacho São Bernardo. Mas isso não significa que a equipe trabalhe em total tranquilidade. Moradias próximas à captação e plantações de pinus preocuparam os funcionários, que têm consciência sobre a necessidade de conservação do manancial e de um planejamento que contemple a cidade também com sistema de esgotamento sanitário.

Inundação em 2008 exige que os funcionários procurem um novo local para captação de água. Fotos: Márcio Gretter

 

Equipe que veste a camisa

“A gente tem que ser sempre do mesmo jeito que entrou na empresa”. O depoimento revela o comprometimento de Márcio Gretter, um dos cinco trabalhadores da Agência Rio dos Cedros.

Atingida por enchentes que se repetem em diversos anos, em 2008 a cidade  passou por uma das maiores inundações. Depois de um período de chuvas intensas, o manancial de captação para abastecimento transformou-se em um córrego amarelo, coberto pela vegetação arrastada pela força da água e prejudicadopelo barro que desceu das encostas. A bomba de captação de água e as tubulações sumiram no meio da correnteza.

Ao lado do irmão, Vânio Gretter, também funcionário da CASAN, Márcio foi em busca de uma captação alternativa, para que a cidade não ficasse desabastecida. Depois ajudou a instalar quilômetros de canos para levar água para a estação de tratamento. As fotos do trabalho de campo ajudam a lembrar de um momento difícil para a equipe  ̶  e mostram também o compromisso com o abastecimento de água na cidade.