Gerência de Meio Ambiente acompanha mananciais da Ilha
Por meio de sua Gerência de Meio Ambiente a CASAN realiza um levantamento sobre uso e ocupação do solo nas áreas acima dos mananciais utilizadas para o abastecimento de água da região metropolitana de Florianópolis. O estudo foi apresentado na tarde desta terça-feira, durante o sexto Encontro Técnico da CASAN.
Foram avaliadas as chamadas Áreas de Contribuição dos mananciais. “A área de contribuição é toda região onde a água proveniente da chuva escorre até o ponto de captação, contribuindo com a quantidade de água que existe nestes rios, córregos ou cachoeiras”, explica o técnico em saneamento Raphael Ewaldo de Souza, que desenvolveu o trabalho em conjunto com Vanessa dos Santos e Alexandre Trevisan, da GMA.
O estudo contemplou as áreas que contribuem para as grandes captações (rio Cubatão e rio Vargem do Braço e Lagoa do Peri), para as pequenas em operação na ilha (Cachoeira do Assopra, na Lagoa da Conceição, Rio Meiembipe, Rio Tavares, Córrego Grande, Rio Pau do Barco, Rio do Mel e Córrego Ana D'Ávila), além de algumas desativadas.
O trabalho demonstra, por exemplo, que a Área de Contribuição do rio Vargem do Braço, o principal manancial de Florianópolis, está em sua grande parte (92%) dentro do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, onde a vegetação está preservada. Outros 8% estão na Área de Proteção Ambiental da Vargem do Braço, instituída em 2009. Na APA existe ocupação humana e atividades de agricultura e pecuária.
"A situação do rio Cubatão já é mais preocupante, pois 85% das áreas de contribuição estão em região não protegida ", alerta Vanessa Santos. Em relação às pequenas captações da Ilha em operação, 95% das áreas de contribuição estão inseridas em regiões legalmente protegidas. As exceções ocorrem na captação do Rio Ratones, que possui apenas 43% da sua área legalmente protegida, e da Lagoa da Daniela, que está num limite com a Estação Ecológica Extrativista Carijós, a ESEC Carijós. "A situação é relativamente boa, mas é preciso estar atento", ressalta a profissional da GMA.
"São informações importantes, pois tanto como oportunidade como desafio para a garantia da disponibilidade hídrica nos mananciais a CASAN deve colaborar com o fortalecimento dos Conselhos das Unidades de Conservação, com os Comitês de Bacia Hidrográfica, órgãos ambientais responsáveis pela fiscalização das áreas de preservação e pela gestão das áreas de conservação", ressalta Vanessa.
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Arley Reis / Gerência de Comunicação Social da CASAN
Fone: (48) 3221-5036 / areis@casan.com.br
Saiba Mais
Como foi feito o estudo
O trabalho foi realizado em duas fases. Inicialmente foram delimitadas as áreas de contribuição das captações a partir do arquivo de dados de hidrografia do estado, elaborado pela Agência Nacional de Águas (ANA).
Em seguida a avaliação da ocupação do solo foi realizada com a utilização , do levantamento aerofotogramétrico de 2010 disponibilizado pela Secretaria de Desenvolvimento Sustentável (SDS), o Plano Diretor de Florianópolis, os limites das unidades de conservação estaduais e municipais, além de dados operacionais da CASAN.