Diretor da Sanepar fala sobre reúso da água no Encontro Técnico da CASAN
A potencialidade do reúso da água no contexto brasileiro será um dos temas abordados nesta quarta-feira (1/7) pelo diretor de Planejamento e Desenvolvimento Ambiental da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), Pedro Luís Prado Franco, durante o sexto Encontro Técnico da CASAN.
“O reúso é parte de uma prática de uso racional da água, que compreende também o controle de perdas e desperdícios, assim como a minimização da produção de efluentes e do consumo de água”, defende o profissional que é membro do Conselho Estadual de Recursos Hídricos e do Fórum paranaense de Mudanças Climáticas.
Pedro Luís Prado Franco vai falar do tema que vem ganhando maior importância diante das restrições hídricas de diversas regiões. No caso de Companhias de Saneamento, o interesse volta-se principalmente ao reúso do efluente final das estações de tratamento de esgotos
Segundo ele, a água de reúso é um efluente tratado, resultante de um processo de depuração e tratamento. Essa água atende aos parâmetros de qualidade exigidos na legislação brasileira e pode ser usada para fins que não sejam o consumo humano..
Esse reaproveitamento da água pode acontecer de diferentes formas. No caso do reúso indireto, a água com uso doméstico ou industrial é tratada e descarregada em córregos ou rios, sendo utilizada novamente mais abaixo, de forma diluída.
Há também o reúso direto, que é o uso planejado e deliberado de esgotos tratados para certas finalidades como irrigação, uso industrial, uso urbano recarga de aquífero e água potável.
Do ponto de vista tecnológico, explica o gerente da Sanepar, as diferentes formas de reaproveitamento exigem maior ou menor nível de tratamento. No caso de reúso indireto potável para recarga de aquíferos e incremento em águas superficiais, há necessidade de um tratamento avançado. Já para reúso urbano (irrigação de parques, lavagem de veículos e descarga de vasos sanitários), irrigação de plantas alimentícias e não processadas, uso recreacional de contato não intencional (pesca e navegação), pode ser adotada um tratamento secundário, com desinfecção e filtração.
“Pouca pesquisa e desenvolvimento, dificuldades em relação à aceitação pública, ausência de políticas adequadas e falta de regulamentação do reúso de água no Brasil estão os obstáculos dessa ação”, considera o especialista em Gestão da Qualidade e Produtividade e mestre em Meio Ambiente Urbano e Industrial.
Arley Reis / Gerência de Comunicação Social da CASAN
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