Dia Mundial da Água: Projeto Mata Ciliar protege nascentes e rios

A proteção de aproximadamente 30 nascentes e cursos d´água estão entre os ganhos ambientais e sociais do Projeto Mata Ciliar, desenvolvido na Região Oeste de Santa Catarina.

A recuperação da vegetação às margens dos mananciais e a presença de animais silvestres como graxaim, quati, mico e jacu nas áreas em regeneração são outras conquistas do trabalho.

Entre as Bacias Hidrográficas com áreas protegidas está a do Rio Irani, a do Rio Chapecó e a do Rio Uruguai – e entre os cursos d´água, o Lajeado São José e o Rio Tigre, principais mananciais da maior cidade do Oeste, Chapecó.

Desenvolvido desde 2006, o projeto já beneficia 422 famílias de pequenos produtores rurais dos municípios de Águas de Chapecó, Caxambu do Sul, Chapecó, Cordilheira Alta, Guatambu, Planalto Alegre e São Carlos.

Os trabalhos são realizados em uma parceria entre CASAN, Consórcio Iberê, Prefeituras e um conjunto de instituições.

O objetivo é isolar e recuperar Áreas de Preservação Permanente (APP), prioritariamente em mananciais de abastecimento público e seus afluentes, conservando os recursos hídricos.

A valorização da agricultura familiar e da Política Nacional de Recursos Hídricos são outras metas do trabalho.

“O principal objetivo do projeto é restabelecer a mata ciliar, que tem função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, assegurando o bem-estar das comunidades”, reforça Gelciane Pereira Jordani, que integra a equipe executiva do projeto.

Retorno para o abastecimento das cidades

O isolamento de áreas de Áreas de Preservação Permanente já permitiu a recuperação de 2,8 milhões de metros quadrados de vegetação, o equivalente a 392 campos de futebol.

“Se imaginarmos um rio que corta o estado de Santa Catarina em seus 543 quilômetros de leste a oeste, a área já protegida equivale a pelo menos cinco metros de vegetação em regeneração ao longo das margens  de todo esse rio”, exemplifica a engenheira civil da CASAN Aline Sobroza Pedroso, que acompanha o trabalho na Região Oeste.

“É um projeto de grande importância, pois ajuda na conservação dos mananciais e mostra aos produtores rurais alternativas para proteger e valorizar os cursos d´água que cortam suas terras. Os benefícios se estendem às cidades, que têm seus mananciais protegidos”, destaca a presidente da CASAN, engenheira sanitarista e ambiental Roberta Maas dos Anjos.

Rios e cursos d´água protegidos

Cidade: Águas de  Chapecó
Lajeado Gramados / Lajeado Itacuruba / Lajeado Aguinhas Frias /Lajeado Maidana

Cidade: Caxambu do Sul
Lajeado Dom José / Lajeado Pinheiro / Lajeado Caxambu do Sul


Cidade: Chapecó
Lajeado São José / Lajeado Verissimo / Lajeado Tigre / Lajeado Taquara / Lajeado Retiro

Cidade: Cordilheira Alta
Lajeado São José / Lajeado Afluente do São José / Lajeado Macuco

Cidade: Guatambu
Rio Tigre / Rio Retiro

Cidade: Planalto Alegre
Lajeado Tarumã / Lajeado Lambedor / Lajeado Bonito

Cidade:São Carlos
Lajeado Marcelino / Lajeado Moraes / Lajeado Jacutinga / Lajeado Jacutinga II / Lajeado Aguinhas / Lajeado Quoati / Rio Chapecó (contíguo)

ACOMPANHE A SEGUIR ÁREAS RECUPERADAS APÓS INTEGRAÇÃO DA PROPRIEDADE AO PROJETO MATA CILIAR
(clique na imagem para ampliar)

Município de Cordilheira Alta / Propriedade de Gilberto Giacomin
2 hectares protegidos
Microbacia Hidrográfica do Lajeado São José / Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai

Município de Chapecó / Propriedade Arno Dieckel
0,39 hectares protegidos
Microbacia Hidrográfica São José / Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai

Município de São Carlos / Propriedade de Roque Ferst
0,53 hectares protegidos
Microbacia Hidrográfica Marcelino / Bacia Hidrográfica do Rio Chapecó