CASAN participa do Floripa Sustentável e apresenta avanços para o saneamento na Capital

Presidente Edson Moritz durante o almoço estratégico do Floripa Sustentável. Foto: Acervo CASAN.

A CASAN (Companhia Catarinense de Águas e Saneamento) esteve presente no almoço estratégico do Floripa Sustentável com o tema “O Desafio de Florianópolis para cumprir o Marco do Saneamento”. O evento promovido para debater os desafios em atingir as metas do Marco do Saneamento – 99% da população atendida com água tratada e 90% de coleta e tratamento de esgoto até 2033 – ocorreu nesta segunda-feira (9), na Casa Hurbana Bocaiúva, em Florianópolis.

O presidente da Companhia, Edson Moritz, foi um dos convidados para um painel com os representantes das três empresas que operam água e esgoto na Região Sul – o diretor de Relações Institucionais da AEGEA Regional Sul, concessionária da Corsan do Rio Grande do Sul e de municípios catarinenses, Fabiano Dallazen, e o gerente Jurídico da Sanepar do Paraná, Marcus Venicio Cavassin. O encontro contou ainda com a presença de gestores públicos como o prefeito da Capital Topázio Neto, secretários, parlamentares, especialistas e empresários do setor.

Em sua apresentação, o presidente da CASAN abordou um breve histórico da atual gestão e a reforma estrutural da Companhia, que já traz resultados no lucro líquido de R$ 243 milhões em 2024 e na reestruturação da dívida, possibilitando mais investimentos, como os R$ 1,5 bilhão captados até 2025 para financiamentos junto ao Fonplata (Fundo Financeiro para Desenvolvimento da Bacia do Prata), BEI (Banco Europeu de Investimentos) e Debêntures.

O prefeito Topázio Neto também fez uma apresentação durante o almoço. Foto: Acervo CASAN.

Avanços no saneamento de Florianópolis

Sobre a situação do saneamento em Florianópolis, o presidente da CASAN destacou os investimentos específicos para a Capital que somam R$ 423 milhões nos últimos dois anos, citando a entrega de grandes obras como as Estações de Tratamento de Esgoto dos Ingleses e do Saco Grande/ João Paulo e as obras em andamento da ETE Insular e do Sistema Potecas, no Continente. “Essas obras possibilitaram o aumento da cobertura em 14% desde 2022, ficando nos atuais 68%, com previsão de chegar a 74% até o fim desse ano e 82% até 2027”, destacou o presidente.

Entre os desafios impostos para levar saneamento principalmente ao Sul da Ilha, onde se concentram os maiores problemas de cobertura de esgoto da cidade, o presidente Edson mencionou o entrave jurídico na obra da Estação de Tratamento de Esgoto do Rio Tavares. “Desde 2007 a CASAN enfrenta um calvário com a ETE do Rio Tavares entre autorizações e paralisações da obra, já tendo investido cerca de R$ 200 milhões, culminando agora com a decisão judicial recente da proibição de qualquer operação para implantação de tratamento de esgoto, impossibilitando a autorização para as ligações e o funcionamento efetivo da ETE”.

Como alternativa para avançar nas obras do SES Sul da Ilha e atingir 90% da universalização do saneamento na Capital até 2032, o presidente da CASAN e o prefeito Topázio, anunciaram os planos futuros. “Como ação estratégica, a alternativa já em andamento e acertada com a Prefeitura, é um modelo descentralizado com ETEs menores no Campeche, Tapera/ Ribeirão da Ilha, Carianos/ Ressacada e no Pântano do Sul”, destacou o presidente. A execução iniciará pela ETE Pântano do Sul e nos próximos dias será protocolado o pedido de licença na Fundação Municipal do Meio Ambiente de Florianópolis (Floram). Com a sinalização positiva no projeto, a CASAN vai licitar as obras necessárias com valor previsto de R$ 60 milhões. A partir da aprovação da Floram, o prazo da obra é de 24 meses, com início da pré-operação.

Participaram do evento além do presidente da CASAN, o diretor Comercial, Leonardo Lacerda; o advogado Allyson Alberto Mazzarin; assessor de Marketing, Vinicius Ragghianti; assessora de Comunicação, Renata Furlanetto; o presidente do Conselho de Administração, Alfeu Luiz Abreu; e o conselheiro Haneron Victor Marcos.