CASAN orienta sobre controle de perdas
Diante da veiculação de informações em tom alarmista e fora de contexto a respeito de perdas de água, que acabam desestimulando a população a economizar justamente neste período de estiagem, a CASAN esclarece:
O índice de 43% de perdas que consta no Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), e que vem sendo considerado “água desperdiçada”, na verdade inclui um alto percentual de água consumida pela população catarinense, porém não faturada comercialmente pela Companhia. O indicador inclui também perdas físicas (vazamentos, por exemplo) e volumes operacionais e especiais (água usada na limpeza de redes e de reservatórios, caminhões-pipa, entre outras ações).
A junção dos dados sobre estes diferentes volumes faz sentido do ponto de vista técnico de quem atua no setor de saneamento, para apoiar e desencadear programas de redução e controle. Mas não deve levar a população a acreditar que se trata de água desperdiçada, ou jogada fora.
Os volumes não faturados, que fazem parte das perdas comerciais, incluem inúmeras categorias que consomem a água, mesmo que propositadamente façam ligações irregulares – o chamado 'gato' – e fraudem hidrômetros para reduzir o volume medido. Igualmente não é faturada a água distribuída em áreas de risco (onde os leituristas são orientados a não entrar por questões de segurança), a disponibilizada em hidrantes e a distribuída via caminhões-pipas para abastecer áreas sob interrupção momentânea de distribuição.
Portanto, o percentual de água consumida não faturada pela Companhia ocupa cerca de 50% do índice registrado no SNIS, fazendo com que as perdas físicas reais fiquem, em média, em 22%.
Embora as Companhias mantenham constantes programas internos de redução de perdas físicas, o percentual de 22% é considerado, no setor, um número aceitável diante da complexidade dos sistemas de abastecimento de água do país. No caso de Santa Catarina, a CASAN mantém 13 mil quilômetros de redes, mais 1 mil quilômetros de adutoras, 328 estações de tratamento e quase mil estações elevatórias para bombeamento e distribuição, citando apenas alguns equipamentos que fazem parte dos sistemas de abastecimento.
Com relação ao controle de perdas, a Companhia mantém programa constante. Entre as principais ações estão a ampliação do parque de macromedição (com instalação de equipamentos para medição de vazão) e telemetria (para monitoramento remoto), além da aquisição de mais equipamentos para detecção de vazamentos ocultos.
Quanto às perdas comerciais há investimentos na aquisição de novos hidrômetros para reduzir a submedição, operações caça-fraudes, regularização de clientes inadimplentes, corte de ligações clandestinas e outras ações.
O esclarecimento da Companhia se faz especialmente necessário diante da estiagem que se prolonga. A divulgação de um número inexato ou sem contexto pode desestimular a população a economizar, sendo que a colaboração dos moradores da Região Metropolitana tem sido fundamental para a CASAN manter o abastecimento a todos, mesmo que os rios estejam com volumes muito abaixo de sua capacidade habitual.
A CASAN aproveita a oportunidade para agradecer aos que estão colaborando com o consumo consciente e pede que a sociedade evite a propagação de informações equivocadas ou fora do contexto.