CASAN leva informações à Câmara de Vereadores de Concórdia sobre obras de esgotamento sanitário
O engenheiro sanitarista da CASAN, Cristian Marquezi, fiscal das obras de esgotamento sanitário de Concórdia, participou de sessão da Câmara de Vereadores de Concórdia, levando informações sobre as frentes de trabalho e o futuro funcionamento do sistema.
De acordo com Cristian, esta é a primeira etapa da implantação do sistema público de tratamento de esgoto, que vai aumentar a cobertura de seis para 46% do município, com capacidade de tratar 60 litros por segundo. A segunda etapa, que já está prevista, deverá dobrar a cobertura e a capacidade da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) para 120 litros por segundo.
Cristian explicou ainda que o projeto foi pensado para abranger o maior número de habitantes possível e de forma que o esgoto chegue até a ETE por gravidade. Por isso, o projeto atende inicialmente apenas uma bacia hidrográfica de Concórdia, contando com quatro estações elevatórias. Essas estações são locais onde o esgoto é bombeado para um local mais alto, para depois chegar à ETE por gravidade.
Confira os principais questionamentos feitos pelos vereadores e as informações compartilhadas pelo engenheiro da CASAN:
Residências vão precisar de bomba?
A rede de coleta e ligações domiciliares também foram projetadas para funcionar por gravidade, desde o momento que o esgoto sai das residências. De acordo com Marquezi, são poucos casos em que haverá a necessidade de o proprietário instalar uma bomba. “Isso normalmente ocorre quando a casa está abaixo do nível da rua. Nestes casos estamos tentando mediar uma negociação entre vizinhos para que a ligação na rede de esgoto possa ser feita pelos fundos da casa, na rua de baixo. A instalação da bomba só ocorre se não tiver nenhuma outra opção”, esclarece o engenheiro.
Quanto vai custar a ligação na Rede?
O custo que o proprietário vai ter para fazer a ligação na rede de coleta de esgoto vai variar de acordo com a realidade de cada residência. “Algumas pessoas só precisam instalar alguns centímetros de encanamento para fazer a ligação na frente da residência. Já quem possui uma fossa nos fundos da casa vai ter que gastar mais”, pondera.
Quando o proprietário poderá fazer a ligação na rede?
A ligação na rede só poderá ser feita depois que todo o sistema estiver concluído e testado. Cristian informou que a previsão é finalizar a obra até julho/agosto deste ano, logo após será feita a instalação dos equipamentos, testes e ajustes necessários. “Quando tudo estiver pronto será realizada uma campanha para orientar a população sobre a ligação e o proprietário irá receber uma notificação oficial da CASAN. Se o proprietário fizer a ligação antes disso podem ocorrer muitos problemas”, ressalta.
Quem vai fazer a ligação?
O proprietário deverá contratar um instalador hidráulico para fazer a ligação do imóvel na no sistema público de esgotamento sanitário. Segundo Cristian, mais adiante a CASAN vai promover uma capacitação para orientar os profissionais da área, como encanadores e instaladores hidráulicos. O curso será gratuito e amplamente divulgado.
Quanto será cobrado pelo tratamento de esgoto?
O custo do tratamento de esgoto será exatamente 100% do valor cobrado pelo abastecimento de água. Se a fatura de água tiver o valor de R$ 40 (valor fictício para exemplificar), o proprietário vai pagar mais R$ 40 pelo tratamento de esgoto, totalizando R$ 80.