CASAN investe em energia limpa para sua principal Estação de Tratamento de Água
ETA José Pedro Horstmann, localizada em Palhoça. Foto: César Carvalho/Cinemáquina.
A maior unidade de tratamento de água da CASAN (Companhia Catarinense de Águas, a ETA José Pedro Horstmann, está passando a operar com energia solar. Localizado em Palhoça, a estação iniciou a pré-operação de 804 painéis fotovoltaicos, com potência total instalada de 300 kW. Nesta fase de testes o sistema já evitou a emissão de mais de 23 toneladas de CO₂ e proporcionou uma geração total de 64,23 MWh. O projeto representa um investimento de R$ 1,4 milhão.
O período de testes tem como objetivo monitorar os impactos dos painéis nas atividades da ETA que tem capacidade para abastecer com 180 milhões de litros de água tratada cinco municípios da Região Metropolitana (Santo Amaro da Imperatriz, Palhoça, São José, Biguaçu e Florianópolis). Assim, será possível dimensionar o potencial de suprimento por meio da energia solar e, a partir dos resultados, estudar a expansão da iniciativa para outras unidades da Companhia no Estado.
“A energia elétrica é um dos principais custos operacionais da CASAN. Com esse tipo de alternativa conseguiremos reduzir custos e avançar no saneamento de forma sustentável", explica o engenheiro chefe da Divisão de Políticas de Autonomia e Eficiência Energética, Diego Furlan Franceschette.
Painéis instalados na ETA José Pedro Horstmann. Foto: César Carvalho/Cinemáquina.
Os painéis correspondem a uma área de mais de dois mil metros quadrados e foram instalados nas áreas de maior insolação da ETA: a região do jardim, o teto do reservatório de água e o telhado. A expectativa da Companhia é de que, em um ano de atividade integral, sejam gerados quase 600 kWh de energia, o que equivale ao consumo anual de cerca de 320 casas populares no Sul do Brasil, segundo dados do IPEA. A economia gerada será de até R$ 300 mil por ano — nesse período inicial de pré-operação, a economia já foi de R$ 57 mil.
Por se tratar de uma energia limpa e renovável, a produção dos painéis será livre de tarifas por 25 anos. A energia solar também deve ter impacto na redução de emissões de carbono provenientes do consumo de energia gerada em outros locais. Com as placas em funcionamento, a colabora com as metas do Movimento Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) Santa Catarina, do qual se tornou signatária em 2021. O Movimento busca cumprir a chamada Agenda 2030 da ONU, que traz como um de seus objetivos a elevação do uso de energias renováveis.