CASAN garante recursos do Projeto Chapecozinho
Em evento realizado no auditório do Sindicato do Comércio da Região de Chapeco (Sicom), a CASAN anunciou a líderes empresariais do Oeste que a Ordem de Serviço do Projeto Rio Chapecozinho deve ser emitida em dezembro. O projeto, o maior da história de 45 anos da empresa estatal, e uma das maiores obras de água do país, é uma antiga reivindicação da região.
Durante o encontro organizado pelo Sicom, pelo CDL local e pela Associação Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC), os participantes e a imprensa receberam um caderno com as especificações técnicas da obra.
O vice-prefeito de Chapecó, Luciano Burigon, abriu o encontro cumprimentando a CASAN pela disponibilidade permanente de atualizar o status desta obra tão aguarda pela região. "Esta transparência amplia a capacidade de confiança na empresa", comentou. Também estava presente o prefeito de Cordilheira Alta, Alceu Mazzioni.
Durante o encontro, que foi acompanhado também pelo diretor Comercial, Antonio Varella do Nascimento, o presidente da CASAN, Valter Gallina, atualizou as informações sobre o andamento do projeto tão esperado na Região Oeste. Fotos: Hugo Paulo Gandolfi de Oliveira / Extra Comunica / Sicom
Primeiro repasse de verbas
Orçado hoje em R$ 228 milhões, o Sistema Integrado de Abastecimento do Rio Chapecozinho beneficiará cerca de meio milhão de pessoas na região de Chapecó, Xanxerê, Xaxim e Cordilheira Alta. Será executado com recursos já assegurados do Orçamento Geral da União e do Ministério da Integração Nacional. Ainda neste ano está previsto o desembolso dos primeiros R$ 15 milhões, para início do canteiro de obras.
O projeto prevê a construção de uma Estação de Tratamento de Água com capacidade de produção de 1.252 litros por segundo às margens do Rio Chapecozinho, estações de recalque e a implantação de uma macroadutora de 57 quilômetros de extensão, desde a captação (na altura do municipio de Bom Jesus) até Chapecó. Serão também construídos reservatórios nas cidades de Xaxim (com 3,5 milhões de litros) e Xanxerê (6 milhões de litros).
Bento Zanoni, presidente da ACIC, perguntou por que a empresa captará agua no Chapecozinho e não no Rio Uruguai, mais abundante. O presidente da CASAN, Valter Gallina, disse que, apesar de as distâncias até os dois rios serem similares, a captação no Rio Uruguai exigiria um gasto constante de energia elétrica para elevação e transporte da agua, o que inviabilizaria a manutenção do sistema. "O caminho íngreme exigiria estações elevatórias para conduzir para cima agua em tubulações de um metro de diâmetro, dificultando o recalque", explicou Gallina.
Além disso, a captação no Rio Uruguai beneficiaria apenas Chapecó, mas o Projeto prevê abastecer por 40 anos também os municípios de Xaxim, Xanxerê e Cordilheira Alta, região frequentemente assolada por estiagens ou secas.
O diretor-presidente da CASAN também explicou que a vazão do Chapecozinho é suficiente para abastecer toda a região por um período bem superior aos 40 anos previstos inicialmente. "O Chapecozinho é um projeto modular, poderá ser ampliado daqui a 40, 50 ou mais anos com pequenos investimentos. Os estudos comprovam que o rio Chapecozinho terá capacidade para atender as demandas de crescimento da região."
O processo está atualmente na fase de análise da documentação das empresas e consórcios interessados. Os envelopes da licitação foram abertos no dia 30 de outubro.
Interessados em receber o caderno técnico que contém dados sobre a capacidade de captação do rio, sobre o Projeto Chapecozinho, mapas e imagens, pode entrar em contato com a Gerência de Comunicação Social da CASAN, nos telefones (48) 3221-5034 І 3221-5035 І 3221-5036
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Gerência de Comunicação Social da CASAN