CASAN apresenta projeto de Estação de Tratamento de Esgotos para o Sul da Ilha
A CASAN faz nesta quinta-feira (30) uma nova apresentação sobre o projeto de implantação de uma Estação de Tratamento de Esgotos no Rio Tavares, em Florianópolis. A proposta será detalhada durante reunião do Conselho Deliberativo da Reserva Extrativista Marinha do Pirajubaé, a partir de 14h30min, na Escola Júlio da Costa Neves, no bairro Costeira.
A Companhia já tem Licença Ambiental Prévia da Fatma para implantação do sistema de esgotamento sanitário na região, prevendo rede coletora de esgotos e construção da ETE, que será a primeira no Sul da Ilha.
A licença foi conquistada a partir de uma série de alterações no projeto original. Entre as melhorias está a inclusão da ETE com tratamento terciário, possibilitando a remoção de fósforo e de nitrogênio. O efluente tratado será lançado no Rio Tavares.
Outra melhoria é a ampliação das comunidades que serão atendidas com rede coletora de esgotos. Além de Campeche, previsto inicialmente, serão contemplados os bairros Fazenda do Rio Tavares, Sertão da Costeira, Valerim, Carianos, Tapera e Ribeirão da Ilha. Serão 200 quilômetros de redes de esgotos, com possibilidade de atender com coleta e tratamento aproximadamente 90 mil moradores.
Recursos e mais estudos
A Estação de Tratamento de Esgotos do Rio Tavares/Campeche vai tratar os esgotos da segunda maior bacia hidrográfica em extensão na Ilha (a primeira é a Bacia Hidrográfica do Rio Ratones). Será implantada com recursos de aproximadamente R$ 200 milhões, obtidos via financiamento do PAC2 (Plano de Aceleração do Crescimento), da Caixa Econômica Federal e da Agência Internacional de Cooperação Japonesa (JICA).
A meta é operar a estação e lançar os efluentes tratados no Rio Tavares durante cinco anos, até 2020, quando deverá ser implantado na região do Campeche um emissário submarino, considerado a solução ambiental mais efetiva para a região. Estão sendo realizados estudos oceanográficos para a definição do melhor conjunto tratamento/lançamento a ser adotado.
Atualmente grande parte da carga de esgotos produzida na região é despejada sem tratamento no Rio Tavares, este que desagua na Reserva Extrativista Marinha do Pirajubaé.
“A Estação de Tratamento de Esgotos vai reduzir a pressão urbana sobre a reserva e melhorar o IDH de Florianópolis. É uma obra de grande importância para a cidade e para a qualidade ambiental de toda a região, incluindo a reserva”, ressalta o engenheiro químico da CASAN Alexandre Bach Trevisan, que atua junto à Gerência de Meio Ambiente e Recursos Hídricos.
Saiba Mais:
Monitoramento do Rio Tavares
Com projeto para ampliação da rede de coleta e implantação da ETE no Sul da Ilha, desde julho de 2014 a CASAN monitora a qualidade da água do Rio Tavares.Entre os parâmetros avaliados estão salinidade, turbidez, oxigênio dissolvido (OD), presença de Escherichia coli e demanda biológica de oxigênio (DBO), um dos mais usados para medir poluição. Os dados são importantes para que a Companhia possa avaliar os ganhos ambientais da coleta e tratamento de esgotos na região.
Ganhos ambientais
Outro estudo desenvolvido junto à Gerência de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da CASAN indica que a implantação do esgotamento sanitário é decisiva para garantia da qualidade ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Tavares. O trabalho quantificou e qualificou em termos de carga orgânica (DBO) e de nutrientes (Nitrogênio e Fósforo) a poluição originada pelos esgotos domésticosgerados nos limites da bacia no período de 2015 a 2030, segundo estimativas populacionais oficiais do município de Florianópolis. Foram também analisados projetos de Sistemas de Esgotamento Sanitário existentes, em implantação e já executados na bacia, bem como nas áreas adjacentes.A partir desses e de outros dados foi avaliado o ganho ambiental a ser obtido com a coleta e o tratamento adequado dos esgotos gerados na bacia e áreas próximas.
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