Superficiais da Ilha
MANANCIAIS SUPERFICIAIS UTILIZADOS PELA CASAN NA GRANDE FLORIANÓPOLIS
Devido à procura por parte de alunos do ensino médio e superior por dados sobre os mananciais superficiais que abastecem a Grande Florianópolis, e a não existência desses dados reunidos em um só volume, sentiu-se a necessidade da elaboração de um trabalho sobre estes mananciais.
- Luiz Augusto Macedo - estudante de Engenharia Sanitária e estagiário da GMA (atual CGA) no período 2000/2001.
INTRODUÇÃO
È preciso deixar claro que os mananciais superficiais situados na Ilha são de pequeno porte e estão integrados ao Sistema de Abastecimento de Água da Grande Florianópolis, não atendendo isoladamente nem mesmo as localidades onde estão situados. Apresentamos a seguir um resumo histórico sobre o abastecimento de água na Capital, que mostra que a preocupação com a saúde pública é de longa data. Devido a escassez de recursos financeiros e tecnológicos, as melhorias foram feitas ao longo dos anos e continuarão assim indefinidamente porque tanto o crescimento populacional como as inovações tecnológicas sempre nos instigarão a ampliarmos e melhorarmos os Sistemas de Abastecimento de Água já existentes.
HISTÓRICO
Em 1726 o povoado de Nossa Senhora do Desterro foi elevado à categoria de Vila, a partir de seu desmembramento de Laguna. Sendo que 23 de março de 1726 é a data oficial de fundação do município.
Conforme registram os jornais da época, antes de 1794 nenhuma obra de
No ano de 1922 foi inaugurada a adutora do manancial do Rio Tavares, com 200 mm de diâmetro e 10.600 m de extensão. Em, 1946, foram construídos os reservatórios R - 1 localizado no morro da Caixa d'Água, com capacidade de 2.000 m³, e o R - 2 na Avenida Ivo Silveira, de mesma capacidade. No ano de 1965 aconteceu a construção da 2ª adutora do manancial de Pilões, e em 1975 deu- se o assentamento da 3ª adutora deste manancial. Em 1984 foi iniciada a construção da Estação de Tratamento de Água do Morro dos Quadros, e em 1986 esta ETA foi inaugurada.
ATUAIS MANANCIAIS DA ILHA
Atualmente, na Ilha de Florianópolis existe captação de água para abastecimento público em oito mananciais superficiais:
1. Manancial Cachoeira do Assopra; Nestas captações o tipo de tratamento feito é a desinfecção por hipoclorito de sódio.
Funcionários Josemir e Valdemar junto ao veículo com tração nas 4 rodas, único que permite acesso a todas as captações da ilha para coleta de água bruta e reabastecimento de hipoclorito de sódio.
Aparelho comparador de cloro São feitas análises diárias da água distribuída, com exames bacteriológicos (coliformes totais e fecais), e análises físico-químicas como: ferro, cor, turbidez, cloreto e cloro residual na rede de distribuição de água para abastecimento, nas captações é feito um acompanhamento mensal e a análise de OD (oxigênio dissolvido).
1. Manancial Cachoeira do Assopra
Área da bacia de contribuição: 0,97 Km² Vazão Média: 21,20 l/s Vazão média de estiagem ( Q 7,10 ): 5,90 l/s. Vazão média captada: 10,00 l/s. Tratamento: desinfecção (adição de hipoclorito de sódio). Inicio da captação: 1910.
Área da bacia de contribuição: 2,36 Km². Vazão Média: 51,57 l/s Vazão média de estiagem ( Q 7,10 ): 14,34 l/s. Vazão média captada: 20,00 l/s. Tratamento: desinfecção (adição de hipoclorito de sódio). Inicio da captação: 1922.
Área da bacia de contribuição: 1,94 Km². Vazão Média: 42,39 l/s Vazão média de estiagem ( Q 7,10 ): 11,79 l/s. Vazão média captada: 14,00 l/s. Tratamento: desinfecção (adição de hipoclorito de sódio). Inicio da captação: 1977
4. Manancial Rio Pau do Barco
Área da bacia de contribuição: 3,00 Km². Vazão Média: 56,59 l/s Vazão média de estiagem ( Q 7,10 ): 15,06 l/s. Vazão média captada: 7,00 l/s. Tratamento: desinfecção (adição de hipoclorito de sódio). Inicio da captação: 1984
Área da bacia de contribuição: 1,35 Km² Vazão Média: 29,50 l/s Vazão média de estiagem ( Q 7,10 ): 8,21 l/s. Vazão média captada: 4,00 l/s Tratamento: desinfecção (adição de hipoclorito de sódio). Inicio da captação: 1984
6. Manancial Meiembipe
Área da bacia de contribuição: 1,23 Km² Vazão Média: 26,88 l/s Vazão média de estiagem ( Q 7,10 ): 7,48 l/s. Vazão média captada: 4,00 l/s. Tratamento: desinfecção (adição de hipoclorito de sódio). Inicio da captação: 1984
7. Manancial Córrego Ana D'Ávila
Área da bacia de contribuição: 1,16 Km² Vazão Média: 25,93 l/s Vazão média de estiagem ( Q 7,10 ): 7,05 l/s. Vazão média captada: 4,00 l/s. Tratamento: desinfecção (adição de hipoclorito de sódio). Inicio da captação: 1984
8. Manancial Lagoa do Peri
Área da bacia de contribuição: 20,1 Km². Vazão Média: 433,78 l/s Vazão média de estiagem ( Q 7,10 ): 121,63 l/s. Vazão média captada: 200 l/s. Tratamento: completo através de filtros de fluxo descendente. Inicio da captação: 2000.
9. Manancial Rio Cubatão
Área da bacia de contribuição: 536,25 Km². Vazão Média: 11.717,66 l/s Vazão média de estiagem ( Q 7,10 ): 3.259,45 l/s.
Vazão captada: varia de 500 a 1200 l/s Tratamento: completo através de filtro russo. Inicio da captação: 1986
10. Manancial Vargem do Braço
Área da bacia de contribuição: 138,47 Km². Vazão Média: 3025,72 l/s Vazão média de estiagem ( Q 7,10 ): 841,65 l/s.
Vazão captada: varia de 800 a 1300 l/s. Tratamento: completo através de filtro russo. Inicio da captação: 1945
A natureza exuberante no entorno destas captações faz com que a população de um modo geral procure visitar estes locais, tornando-os suscetíveis a toda espécie de depredação, que nem sempre os funcionários da CASAN conseguem conter. A preservação da fauna e flora da região é de extrema importância para a preservação destes mananciais.
- Ramos, Átila Alcides, 1991, Saneamento Básico Catarinense, IOESC. - Ramos, Átila Alcides, 1986, Memória do Saneamento Desterrense, Ed. CASAN. - Projeto SAA Florianópolis CNPU/BIRD, 1984. - Projeto SAA Conjunto Habitacional Saco Grande / Florianópolis, 1984. |