Estudo prevê ganhos ambientais com implantação de esgotamento sanitário na Bacia do Rio Tavares
A implantação do Sistema de Esgotamento Sanitário é decisiva para garantia da qualidade ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Tavares, segunda maior em extensão na Ilha. Além disso, um ganho ambiental efetivo depende da instalação de uma Estação de Tratamento de Esgotos com tratamento terciário e elevado grau de remoção de nutrientes – ação que se justifica, apesar do custo, devido à fragilidade e importância ambiental da região que tem seu principal curso de água, o Rio Tavares, desaguando na área da Reserva Extrativista Marinha do Pirajubaé, onde tradicionalmente é realizada a extração de berbigão.
As orientações são resultado do estudo ´Estimativas de Ganhos Ambientais na Bacia do Rio Tavares com a Implantação do Sistema de Esgotamento Sanitário`, desenvolvido pelo engenheiro químico da CASAN Alexandre Bach Trevisan, em colaboração com a engenheira Vanessa dos Santos e a técnica em Saneamento Karine dos Santos Luiz, que também atuam junto à Gerência de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da CASAN.
O trabalho quantificou e qualificou em termos de carga orgânica (DBO) e de nutrientes (Nitrogênio e Fósforo) a poluição originada pelos esgotos domésticos, atualmente sem tratamento, gerados nos limites da bacia no período de 2015 a 2030, segundo estimativas populacionais oficiais do município de Florianópolis. Foram também analisados projetos de Sistemas de Esgotamento Sanitário existentes, em implantação e já executados na bacia, bem como nas áreas adjacentes, que exercem influência na qualidade ambiental da região.
A partir desses e de outros dados foi avaliado o ganho ambiental a ser obtido com a coleta e o tratamento adequado dos esgotos gerados na bacia e áreas próximas. A análise foi realizada com a construção de cenários que contemplam de forma progressiva o atendimento da população, comparando esses resultados com a condição atual na bacia, onde não existe coleta ou tratamento de esgotos.
“Os resultados permitem a colocação em prática de ferramentas de planejamento amplamente divulgadas e citadas na legislação, porém pouco utilizadas, como a definição das metas progressivas de atendimento, tendo como objetivo não apenas as limitações econômicas, mas os benefícios ambientais que o empreendimento pode trazer”, ressalta Alexandre.
Segundo ele, esse tipo de abordagem vem sendo adotada em projetos de esgotamento em que há dificuldades para escolha dos ambientes que receberão os efluentes, ou onde os ambientes estão impactados pela ação da urbanização. O trabalho já foi apresentado no 2 5ͦ Congresso Técnico da Associação dos Engenheiro da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).
Leia também:
Companhia conquista licença prévia para tratamento de esgoto no Sul na Ilha
________________________
Gerência de Comunicação Social da CASAN