Estudo dá suporte técnico à reestruturação da ETA de Santa Cecília

A realização de um programa de monitoramento sobre o conjunto de organismos aquáticos do Lago Ubatã, manancial de abastecimento da cidade de Santa Cecília, deu suporte à CASAN para reestruturação da ETA que atende a população local.

“A análise qualitativa do material planctônico da água do lago indicou uma riqueza considerável de espécies que trazem diferentes desafios ao sistema de tratamento”, explica a bióloga da CASAN Leda Freitas Ribeiro, uma das autoras de trabalho que está sendo apresentado no 17º Simpósio Luso-Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental.

A pesquisa demonstrou que se desenvolvem no lago diferentes algas, como Chlorella sp, Cosmarium sp e Alaucoseira sp, que oferecem uma grande resistência à ação desinfectante do cloro.  Há também espécies que causam a obstrução e outras que podem dar odor e sabor na água. 

A partir do estudo, o tratamento que era de filtração direta foi substituído por um processo de ciclo completo, com as etapas de floculação, flotação e filtração descendente.

A mudança resultou na diminuição das perdas nas unidades de tratamento da ETA de Santa Cecília de 16% para 9%, colaborando para a produção de água com maior qualidade e em maior quantidade para os moradores da cidade do Planalto Norte de Santa Catarina.

O estudo e seus resultados serão compartilhados no 17 Silubesa na forma de pôster, com a presença dos autores para esclarecimento de detalhes do trabalho.

Estação foi reestruturada para atender a necessidade de tratamento mais complexo para a água captada no manancial da cidade, o Lago Ubatã