Estação de Tratamento de Esgoto da Grande Próspera tem nova rodada de diálogo com moradores
Mais uma etapa de uma negociação que se desenvolve desde 2015 foi realizada na noite dessa sexta-feira, dia 11, em uma Audiência Pública para a apresentação do Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) do projeto da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da Grande Próspera, em Criciúma. A convocação de assembleia aberta para este fim está prevista na Lei do Plano Diretor Municipal.
Cerca de 120 pessoas, integrantes das nove comunidades que formam a chamada "Grande Próspera", tiveram a oportunidade de conhecer mais uma vez em detalhes o projeto da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) projetada para o bairro Vila Selinger. Esta foi a terceira audiência realizada, além de encontros já realizados com a comissão organizada pela comunidade para discutir o tema e uma visita à ETE Laguna, que opera no mesmo sistema.
Durante o encontro de sexta, realizado no Salão Paroquial da Igreja do bairro Linha Batista, a área de engenharia da Casan foi representada pelo diretor de Operação e Meio Ambiente, Paulo Meller, pela gerente de Meio Ambiente, Patrice Barzan, pelo engenheiro Carlos Bavaresco e pelo projetista Evandro Martins, todos conhecedores das peculiaridades da região.
O arquiteto Roberto de Oliveira Cabral, da empresa CGM, apresentou em números e desenhos o Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) da nova unidade, quando pôde mostrar que sob o ponto de vista urbanístico o empreendimento terá pouco impacto na região. Em relação à emissão de odores e ruídos, a CASAN assinou um Termo de Compromisso para implantar as medidas apontadas pelo EIV com o objetivo de evitar esses problemas.
A área da ETE, como os desenhos levados ao debate mostraram, será urbanizada e toda arborizada, contando com um anfiteatro para visitações e palestras.
A ETE a ser instalada na Prospera é considerada uma das mais moderna existente no Estado. Contempla sistema de tratamento UASB e vem com um reator de fluxo ascendente anaeróbico, conforme mostrou o engenheiro Martins, gerente de Projetos da CASAN. “Nesse sistema, o esgoto tratado segue pela estação, o lodo vai para uma centrífuga, onde é processado para destinação ao aterro sanitário, e os gases exalados são queimados, o que vai evitar o cheiro”, explicou.
A unidade, com vazão de 55 litros por segundo, será abastecida por uma rede coletora de 92,4 quilômetros já instalada na cidade, que fará conexão a 4.961 ligações domiciliares, ampliando a área de abrangência da rede de coleta e cobertura de Criciúma. Quando concluído o projeto, o município alcançará uma cobertura superior a 43%, colocando-se entre os principais do Estado dentro de um indicador que amplia a qualidade de vida das cidades e reduz a quantidade de doenças das populações.
O serviço de saneamento básico vai beneficiar na primeira etapa 18.546 pessoas e, ao final do projeto, mais de 33 mil pessoas de nove bairros. “Vai ser um grande marco para a cidade, promovendo o desenvolvimento com qualidade de vida. Infelizmente ainda resiste a ideia de não se querer perto de casa uma estrutura como estação de tratamento, penitenciária ou antena de telefonia, empreendimentos imprescindíveis na vida moderna e no desenvolvimento das cidades”, observou o superintendente Regional Sul/Serra da Casan, Vilmar Bonetti.
Durante a audiência, Bonetti lembrou a reformulação de outra estação instalada na cidade, no bairro Santa Luzia. No local, por reivindicação daquela comunidade, a tecnologia de tratamento do esgoto foi totalmente reformulada, com a instalação de aeradores e de uma centrífuga por onde saem 200 toneladas por mês de lodo processado em direção ao aterro sanitário. O investimento ultrapassou os R$ 4 milhões e eliminou o mau cheiro na região.
A eliminação hoje pode ser comprovada por análises quinzenais e por fiscalizações periódicas da FATMA e da ARESC, apesar de alguns participantes da audiência de sexta apontarem que ainda o problema não foi de todo resolvido. "O objetivo não é instalar à força uma estação de tratamento, mas mostrar às comunidades os benefícios que ela traz ao ambiente e à saúde da região", disse o diretor Paulo Meller.
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