Discurso do diretor-presidente da CASAN na abertura do 17º Simpósio Luso-Brasileiro de Engenharia Sa
Bom Dia a todos e a todas
Por uma feliz coincidência, não haveria melhor momento para a nossa cidade receber um evento de tal relevância.
Justamente neste ano Santa Catarina ampliou a intensidade do debate que busca formas de melhorar a qualidade de vida e a saúde pública de nosso Estado através de ações de saneamento básico.
É com este senso de oportunidade que acolhemos o 17º Simpósio Luso-Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, promovido pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES) em parceria com a Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos e a Associação Portuguesa de Engenharia Sanitária e Ambiental (APESB).
Mas obviamente que não é apenas em Santa Catarina que o tema assumiu proporções maiores, pois o Brasil acorda para o Saneamento.
Não por acaso, a Campanha da Fraternidade deste ano tremulou a bandeira do Saneamento Básico, levando aos lares e aos gestores brasileiros a relevância desta mensagem.
Em nome do governador João Raimundo Colombo e de seu vice, Eduardo Pinho Moreira, saúdo às centenas de participantes deste Encontro dizendo aos senhores e senhoras que estão em um dos melhores Estados brasileiros para visitar. E para viver.
Quase todos nossos indicadores são motivo de satisfação.
Cito como exemplo as baixas taxas de mortalidade infantil, os bons números de alfabetização e escolarização, os melhores índices nacionais de empregabilidade e a maior longevidade do país.
Porém, entre os inúmeros fatores de orgulho, temos um indicador que ainda nos incomoda e constrange: justamente os índices de saneamento.
Trago, no entanto, boas notícias.
No momento em que se realiza este SILUBESA, Santa Catarina executa - a pleno vapor - um conjunto de obras que vão levar o Estado a um outro patamar em Saneamento.
Com uma robusta carteira de investimentos implementada pela Companhia Catarinense de Águas e Saneamento, a CASAN, este governo vai tirar Santa Catarina da indesejada 18ª posição do ranking brasileiro de coleta e tratamento de esgoto, colocando o Estado entre os quatro principais do país até o ano de 2018.
São mais de 40 obras em 37 municípios, sendo que sete delas aqui na querida Florianópolis - e uma, inclusive, aqui na praia dos Ingleses, palco deste evento binacional.
Não por acaso, a empresa CASAN, que capitaneia este conjunto de ações, participa do SILUBESA apresentando trabalhos de seu corpo funcional.
Santa Catarina, porém, não é uma ilha, pois inserida está no contexto brasileiro.
É um gigantesco desafio, já que 35 milhões de pessoas ainda não têm acesso a água tratada e mais de 100 milhões ainda não têm acesso à coleta e tratamento de esgoto, sendo que na região Norte do país apenas 14,36% do esgoto é tratado.
Um cenário que precisa mudar.
Um cenário que vai mudar, porque ficou no passado, felizmente, o tempo em que os gestores públicos tinham receio de perder eleição por fazer obras do sistema de esgotamento sanitário.
Sabemos que a obra de esgoto continua cara, gera muitos transtornos à rotina dos municípios durante sua execução e, ao ser entregue, fica sob o solo.
A conscientização mudou e fez com que os cidadãos passassem a exigir, cada vez mais, este tipo de investimento.
Hoje em dia todos sabem que, mesmo enterradas, são obras fundamentais para a saúde, para a qualidade de vida, para o desenvolvimento dos bairros, das cidades, dos Estados e dos países.
O conjunto de pautas a serem debatidas neste 17º SILUBESA, portanto, não poderia ser mais oportuno.
Durante três dias, engenheiros, técnicos, consultores, pesquisadores, acadêmicos, especialistas, executivos e estudantes do setor de saneamento, meio ambiente e dos recursos hídricos estarão debatendo aqui Saúde e Qualidade de Vida. Nada pode ser mais valioso, nada pode ser mais urgente.
No momento em que o Planeta vivencia fortes alterações no comportamento do clima, este Simpósio é uma oportunidade especial para compartilhar conhecimentos e construir um diálogo em torno das boas práticas, ampliando alternativas para solucionar os entraves do saneamento ambiental.
Boa parte dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, documento apresentado no ano passado pela ONU, em Nova York, dependem de forma direta ou indireta da atuação e performance da engenharia ambiental e sanitária
O governo de Santa Catarina, a quem tenho a honra de representar nesta cerimônia de abertura, deseja que este Encontro avance nas questões do saneamento entre Portugal e Brasil, propiciando um diálogo ainda mais propositivo entre os dois países.
Que ao final da tarde de quarta-feira possam ser apontadas SOLUÇÕES PARA UM MELHOR SANEAMENTO, tema, objetivo e foco deste Simpósio que esperamos seja inesquecível.
Sejam bem-vindos à Floripa.
Sejam todos bem-vindos à Ilha da Magia.
(Discurso do diretor-presidente da CASAN, Valter Gallina, na abertura do evento)