Metade dos imóveis de Florianópolis tem problemas na caixa de gordura
Metade dos imóveis de Florianópolis tem problemas na caixa de gordura
CASAN lança campanha para conscientizar moradores sobre os estragos do óleo de cozinha e gordura na rede de esgoto
Para tentar reduzir os números de obstruções nas redes coletoras de esgoto, a CASAN lança nova campanha de conscientização, colocando técnicos e engenheiros à disposição da comunidade para palestras de esclarecimento. É sabido que jogar resíduos inadequados (plásticos, látex, cabelos, absorventes) no esgoto sanitário gera o entupimento das redes e ameaça o solo e os mananciais de água, mas o foco desta vez é o despejo de óleo de cozinha ou gorduras.
Somente em fevereiro, os operários foram acionados para 193 desobstruções de rede de esgoto em Florianópolis – o equivalente a uma média de quase sete atendimentos por dia. As causas são inúmeras, e vão desde entulhos de construções até toalhas, brinquedos e animais mortos, mas as obstruções de rede causadas por gordura chamam negativamente a atenção já que a capital catarinense tem campanhas como o Floripa Se Liga na Rede e, há mais de 15 anos, programas de reuso de óleo.
O eficiente Programa ReÓleo, coordenado pela Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (ACIF) e que conta com a parceria da Comcap, é o principal responsável por essa conscientização, mas alguns proprietários de restaurantes e lanchonetes e moradores seguem despejando óleo de cozinha nas instalações de esgoto.
O último relatório do Programa Floripa Se Liga Na Rede revela que de um total de 7.500 imóveis inspecionados, a ausência de caixa de gordura é a principal irregularidade encontrada. Nada menos do que 2.854 imóveis estão sem caixa de gordura ou com a instalação lacrada. A caixa de gordura sem sifão é o terceiro problema mais identificado (com 1.023 ocorrências). Ou seja: 50% dos imóveis da cidade têm problemas na caixa de gordura.
A obstrução da rede contribui para o extravasamento do esgoto em poços de visita e caixas de inspeção, sendo que esse esgoto, escoando pela via pública, pode alcançar e contaminar a rede de drenagem. "Ao se resfriar, a gordura torna-se sólida e forma placas que entopem os tubos da rede de esgoto", explica o engenheiro Daniel Crippa Lemos, chefe do Setor Operacional de Esgoto (SEOPE) da Agência de Florianópolis da CASAN.
Quando existente, a caixa de gordura precisa ser limpa periodicamente e deve ter a gordura ensacada, desaguada e levada ao lixo. "Muitas pessoas acreditam que a gordura retirada da caixa pode ser jogada, por exemplo, no vaso sanitário ou dentro da caixa de inspeção da CASAN", diz Luis Carlos Alves Libânio, servidor do SEOPE. "É um erro grave, pois vai para o mesmo lugar".
Dicas do Programa ReÓleo e da Comcap
http://acif.org.br/reoleo/pontos-de-entrega
Por mês, já são recolhidos 30 mil litros do resíduo saturado na região metropolitana.
Depois de usado, o óleo de cozinha deve ser reciclado. O resíduo oferece possibilidade de uso na fabricação de sabão, detergente, glicerina, resina de tintas, ração para animais, cosméticos e biodiesel.
Os condomínios devem disponibilizar galões para recolhimento coletivo. O Programa ReÓleo também coleta o óleo nos condomínios. Fale com programa nos contatos logo abaixo.
Os estabelecimentos comerciais também devem destinar corretamente o óleo de cozinha usado. O ReÓleo cede a bombona por meio da empresa parceira que também realiza a coleta no local.
Curiosidade: Todo o recurso do óleo de cozinha coletado é destinado para palestras de educação ambiental do Programa ReÓleo por meio do projeto "Reciclar é Educar". Já são mais de 20 mil crianças e adolescentes sensibilizados em toda a rede de ensino da grande Florianópolis. Todo cidadão que entrega o óleo de cozinha ao Programa Reóleo está contribuindo para a educação ambiental. Além disso os PEVs, condomínios e estabelecimentos comerciais recebem produtos de limpeza em troca do óleo doado para o Programa.
A separação é fácil:
Após a fritura dos alimentos, esperar o óleo de cozinha esfriar.
Colocar em uma garrafa PET, utilizando um funil com gase, se possível, para separar os resíduos sólidos.
Levar a garrafa tampada até o Ponto de Entrega Voluntário (PEV) do Programa ReÓleo (http://acif.org.br/reoleo/pontos-de-entrega) ou, em Florianópolis, em dois dos PEVs da Comcap.
Até cinco litros de óleo de cozinha por usuário/dia podem ser entregues nos seguintes PEVs da Comcap:
PEV do Itacorubi
Rodovia Admar Gonzaga, km zero
Segunda a sábado, das 7h às 19h e domingos das 7h ao meio-dia - (48) 3261 4816
PEV de Capoeiras
Terminal de Capoeiras, Rua Professor Egídio Ferreira, 1770
Todos os dias, das 7h às 19h - (48) 9624 8573
Para outras informações
CASAN: Para solicitar orientações ou palestras para entidades e escolas entre em contato com Setor de Operação e Manutenção de Esgoto (Seope), fone 3221.5713
Programa ReÓleo: (ACIF Regionais)
Regional Centro: 3084-9442
Regional Canasvieiras: 3266-2910/ 3282-5870/ 9142-8001
Regional Continente: 3244-5578/ 3240-8717/ 9988-2432
Regional Ingleses: 3269-4111/ 3266-0350/ 9165-4657
Regional Lagoa: 3232-0185/ 3232-8326/ 9988-0760
Regional Sul: 3237-4388/ 9628-9668
E-mail: reoleo@acif.org.br
Site: www.acif.org.br/reoleo/pontos-de-entrega
Programa Floripa se Liga na Rede: 3282-0057 / 3369-0284
Vigilância Sanitária: 3212-3912 (órgão que aprova os projetos hidrossanitários)
Link para denúncias:
http://portal.pmf.sc.gov.br/entidades/saude/index.php?cms=denuncia
Comcap: 3271 6805 ou 0800 643 1529 (Ouvidoria)
No site www.comcap.org.br estão disponíveis os mapas dos PEVs e informações sobre quais e quanto dos resíduos podem ser entregues gratuitamente nos PEVs.
Foto: Programa Se Liga na Rede identifica e corrige irregularidades em Florianópolis. (Divulgação/CASAN)
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Assessoria de Comunicação Social
acs@casan.com.br